domingo, 7 de dezembro de 2014

ZÉ DO LINO E O CATÁLOGO TELEFÔNICO DE SÃO PAULO NO LONGA DE ESTREIA DE ANSELMO DUARTE NA DIREÇÃO

Nos anos 50 Anselmo Duarte ostentava o título de Galã Número Um do cinema brasileiro. Observador atento do trabalho de realizadores como José Carlos Burle, Tom Payne e Watson Macedo, praticamente estreou na direção com o simples, despretensioso e promissor Absolutamente certo (1957). É comédia de costumes que une o humor e a descontração das chanchadas da Atlântida com o rigor formal da Vera Cruz. Ambientada na ainda bucólica cidade de São Paulo, a realização explora o poder de atração da nascente televisão brasileira entre os setores médios urbanos, graças principalmente aos programas de auditório no formato de perguntas e respostas. Devido ao seu talento peculiar, o prático e necessitado Zé do Lino (Duarte) é convencido a participar  do Absolutamente Certo e concorrer ao prêmio de um milhão de cruzeiros. Hoje, passados quase 60 anos, o filme preserva o frescor de bem realizado painel do Brasil urbano durante a chamada década dourada, breve período perpassado de otimismo democrático potencializado pela estratégia desenvolvimentista de então. Também há a sensação de se viver num país tingido de inocência, característica que a distância temporal, reforçada pela mirada acrítica e romanticamente nostálgica, parece ampliar. A apreciação a seguir é de 1998. 







Absolutamente certo

Direção:
Anselmo Duarte
Produção:
Oswaldo Massaini
Cinedistri
Brasil — 1957
Elenco:
Anselmo Duarte, Derci Gonçalves, Odete Lara, Maria Dilnah, Aurélio Teixeira, Fregolente, José Policena, Jaime Barcelos, Luiz Orioninos, Carlos Costa, Luciano Gregory, Sérgio de Oliveira, José Mercaldi, Marina Freire, Murilo Amorim Corrêa, Medeiros Filho, Paulo de Jesus, Teotônio Pereira da Silva, Ceci Ribeiro, Cavagnole Neto, Estanislau Furman Filho, Ernani Conti, Almir César, Esdras Vassalo, Itamar Borges, Valentino Guzzo, Mário Benvenutti, Ovídio Cunha Lobo, Adalberto Maciel, Moacir Melo, Mario Gan, Franklin de Oliveira, Dorita Duarte, Pedro Luiz, Nélson de Oliveira, Henrique de Paula, Arnaldo Galdi, Jamil Maida, Paulo Victor, Almir Ribeiro, Aloísio Figueiredo, Betinho e Seu Conjunto, Booker Pittman, Trio Irakitan (João Costa Neto, Paulo Gilvan, Edson França), Bezerril Lyris Castellani, Nílton Rezende, Orlando Pierre, Rubens Morales, Ruy Ditore, Suzy Arruda, Fúlvio Stefanini, Aurélio Campos.



Anselmo Duarte, ator e diretor de Absolutamente certo


À medida que o tempo avança mais deliciosa fica a comédia de costumes Absolutamente certo, praticamente o filme de estreia de Anselmo Duarte na realização. Só não o é porque rodou pouco antes, no mesmo 1957, o documentário curto Fazendo cinema, atualmente relegado à obscuridade[1]. Nos anos 50 Duarte ostentava o título de Galã Número Um do cinema brasileiro. Alternava atuações em produções da Atlântida e Vera Cruz. Aprendeu a dirigir observando o trabalho de realizadores para os quais atuou, como José Carlos Burle, Tom Payne e principalmente Watson Macedo. Seu segundo longa, O pagador de promessas (1962), conseguiu ampla repercussão, inclusive internacional. Foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o Prêmio Especial do Júri em Cartagena e o Golden Gate de Melhor Filme e Melhor Trilha Musical (Francisco Migliori) no San Francisco International Film Festival. Infelizmente, o que poderia significar a consagração definitiva de um talento só lhe trouxe dissabores. As atenções dispensadas a O pagador de promessas no exterior repercutiram muito mal internamente. Foi como se uma maldição — preenchida com parcelas de inveja, frustração, ressentimento e incompreensão — caísse sobre o cineasta, principalmente da turma do nascente Cinema Novo, movimento ao qual Duarte não pertencia. Mais uma vez a expressão "Santo de casa não faz milagre" ganhava foro de verdade. Ele se posicionava como valor individual, iluminado por estrela própria. Avançava por senda particular, aberta com esforço e determinação. Não pertencia a este ou aquele grupo. Não pretendia reinventar o cinema, apenas fazer filmes. Além do mais, era um quadro formado nas mal vistas produções da Atlântida e Vera Cruz. Sem esquecer que O pagador de promessas cometeu a maior das heresias aos inconformados colegas brasileiros do diretor e muitos jornalistas nativos: ousou ganhar a Palma de Ouro contra o favorito de todos: Luís Buñuel por O anjo exterminador (El ángel exterminador, 1962). A situação piorou quando, diante de tanta contrariedade, Anselmo Duarte humanamente explodiu e desancou o realizador espanhol e seu filme. Depois de O pagador de promessas ainda tentaria permanecer na trajetória de cineasta singular com o pouco compreendido Vereda da salvação (1965). Mas logo estreitou a carreira nos limites do conformismo. Mesmo assim, ofereceu os curiosos Quelé do Pajeú (1969) e O descarte (1973). Encerrou a carreira de diretor em 1979, ao fracassar com Os trombadinhas.


Anselmo Duarte é vitima de um cruel processo de autofagia — mal que se abate sobre quase todo o cíclico cinema brasileiro. Uma tendência, buscando lugar ao sol num mercado com poucas chances para todos, menospreza e canibaliza a outra. Nesse diapasão, os filmes da Vera Cruz surgiram em oposição às escrachadas e populares chanchadas da Atlântida. Contra uma e outra se levantou o Cinema Novo com sua proposta de filmes mais realistas e socialmente comprometidos. Este definhou e se reinventou por causa da repressão imposta pelo Regime Militar e das válvulas de escape permitidas pelas comédias eróticas, as pornochanchadas. Talvez os tempos da autofagia tenham chegado ao fim. Mas foi, durante anos, norma do cinema nacional e razão de ser de sua fragilidade. Conviver com a diversidade — linguística, de gêneros e propostas — sempre pareceu algo muito difícil, quase impossível, à nossa cinematografia. Caso houvesse perseverado, Anselmo Duarte provavelmente consolidaria carreira como cineasta de trajetória bem particularizada, um valor único, original, como Flávio Tambellini, Luís Sergio Person, Walter Hugo Khouri etc.



O filme brinca com o fenômeno dos programas de auditório da nascente televisão brasileira
Em cena, ao centro, a vedete  vivida por Lyris Castellani


Em Absolutamente certo Anselmo Duarte avançou pelo caminho da aproximação de duas propostas cinematográficas: a carioca da Atlântida e a paulista da Vera Cruz. Era bom conhecedor de ambas. Se o cinema popular produzido no Rio de Janeiro se caracterizava, segundo os críticos, pela completa falta de rigor formal, a comédia Absolutamente certo não sofreria por isso. O núcleo suburbano concentrado no entorno da família de Dona Bilá (Gonçalves) assegurava humor de fácil apelo sem isso significar descuido com os demais aspectos da realização. O filme é amparado por roteiro sólido, bons e críveis diálogos, montagem bem ritmada, dinâmico trabalho de câmera, números musicais organicamente integrados à trama[2] e externas que ampliam a sensação de veracidade, tomadas nas ruas de uma ainda tranquila São Paulo, aparentemente tão distanciada de sua vocação industrial. A metrópole respira ares bucólicos, convidativos, apesar de francamente urbanizada. Na periferia prevalecem as intensas relações pessoais entre moradores próximos, reavivadas pelo novíssimo fenômeno da televizinhança. A televisão, com sete anos no Brasil, despertava a atenção. O aparelho da casa de Dona Bilá — um dos poucos das proximidades, adquirido em muitas prestações — é uma atração. Mediante pagamento de ingresso, muitos acorrem para lá. Levam a anfitriã ao desespero, pois se aboletam em seus novos estofados, ameaçado-os com perigosos farelos e molhos de sanduíches ingeridos sem a menor cerimônia. Os programas de auditório são os principais destaques. Na preferência da audiência está o Absolutamente Certo, no qual candidatos concorrem ao prêmio de um milhão de cruzeiros caso respondam corretamente às questões sobre determinado assunto.


Zé do Lino (Anselmo Duarte) e a noiva Gina (Maria Dilnah) no cenário de uma ainda bucólica e aprazível cidade de São Paulo na segunda metade dos anos 50


Zé do Lino (Duarte) é presença constante na casa da vizinha, principalmente à noite. Trabalhador de baixa qualificação, vive de salário mínimo como operador de linotipo na gráfica responsável pela publicação dos catálogos telefônicos da cidade de São Paulo. É um tipo simples, quase simplório, honesto e dotado de forte senso prático. Com muito esforço comprou um aparelho de televisão para o pai (Policena) velho e entrevado. Agora luta para lhe adquirir uma moderna cadeira de rodas e alimenta esperanças de se casar em breve com Gina (Dilnah), filha de Bilá. A moça é razão de sua constante presença na casa ao lado. Enquanto todos estão de olhos postos na TV, os pombinhos namoram num canto isolado da sala. O chamego é motivo das muitas desavenças que a vigilante mãe da moça tem com Zé, graças à demora na efetivação do matrimônio.


Zé do Lino (Anselmo Duarte, à direita) diante das escandalosas bravatas da vizinha Dona Bilá (Dercy Gonçalves, à esquerda) e da constrangida noiva Gina (Maria Dilnah, ao centro)

Zé do Lino (Anselmo Duarte) com o pai (José Policena)


Sobre Zé do Lino convergem alguns dos típicos paradoxos do excludente modelo de desenvolvimento econômico brasileiro. Apesar de trabalhar na produção dos catálogos telefônicos, não tem condições financeiras para adquirir um aparelho, exclusividade de gente rica na época. Seu ambiente profissional ainda é alimentado por relações escravistas de trabalho, devidas não apenas ao despótico patrão (Fregolente), mas também por causa do filho deste, Raul (Teixeira), um boa vida que vive de apostas e exploração do talento de terceiros.


De tanto trabalhar na publicação de catálogos, Zé do Lino memorizou todos os números, endereços e nomes dos assinantes de linhas telefônicas da capital paulista. De olho nos ganhos financeiros que isso poderá lhe trazer, Raul convence o rapaz a se inscrever no Absolutamente Certo. Ele concorda, a contragosto, pois desconfia de marmelada. Caso vença todas as etapas, terá dinheiro para resolver as pendências relativas ao casamento e ao pai. Os patrocinadores ficam eufóricos com talento tão peculiar. No entanto, Zé será vítima de uma tramoia: Raul, com sua banca de apostas, pretende ludibriar a boa fé que o público deposita no candidato e ganhar muito dinheiro às custas de todos.



Na cadeira, Raul (Aurélio Teixeira) passa instruções à sua turma da pesada


Zé do Lino é um sucesso. Chega à etapa final. Todas as apostas confiam na sua vitória. Porém, para a derradeira rodada Raul tenta convencê-lo a errar. Para isso conta com o poder de sedução da dançarina Odete (Lara), inutilmente. O personagem de Duarte não entrega o jogo. Permanece irredutível, mesmo quando é sequestrado e espancado. Seu pai e vizinhos — inclusive Gina — são tomados como reféns e ameaçados. Aprisionado, Zé corre o risco de não chegar a tempo à ultima fase do programa. É salvo pela pronta intervenção de Paulo (Paulo de Jesus, campeão brasileiro de boxe), também vítima da desonestidade de Raul.



A bordo de um Romi Isetta, Odete (Odete Lara) seduz Zé do Lino (Anselmo Duarte)


O final é uma sucessão de correrias e confusões típicas do gênero. Após escapar, Zé se apressa para garantir participação no programa. Ainda encontra tempo de solicitar ajuda para o pai e vizinhos aprisionados. Enquanto isso, ciente do golpe que poderá sofrer, Raul e cúmplices rumam para a emissora, dispostos a tirá-la do ar ou a eliminar fisicamente o herói. O clímax, no auditório e diante da câmeras, será transmitido ao vivo. Zé recupera a calma ao testemunhar a chegada do pai e vizinhos, salvos e íntegros. Falham as sabotagens de Raul. A última pergunta é feita com o concorrente na mira do revólver do vilão oculto nos bastidores. Seguem-se momentos de tensão. Mas a pronta intervenção da intrometida e perspicaz Dona Bilá detona a confusão que desarma as más intenções e repõe a vida nos trilhos da normalidade com promessas de felicidade para todos.


Um dos momentos mais significativos de Absolutamente certo mostra os níveis de intimidade e envolvimento emocional que a nascente televisão — com programas transmitidos ao vivo — provocava nos espectadores. No auditório, Zé do Lino aparentemente errou o número do telefone do senhor Luciano Rinaldi (Gregory). Este, surpreso com a menção de seu nome em pleno ar, telefona imediatamente para a emissora diante de sua própria TV. Dialoga com o apresentador Aurélio Campos (o próprio) como se conversasse com o aparelho. Confirma o acerto do candidato. Como se não bastasse, revela sua condição de classe média: é dono de apartamento adquirido em muitas prestações. Por fim, põe-se na condição de amigo de Zé. Afinal, este adquiriu status de amigo muito íntimo ao citar em pleno ar o nome do assinante, até então um ilustre desconhecido que rompeu com o anonimato graças à intervenção da TV.


Palco do Absolutamente Certo: Aurélio Campos (o próprio) pergunta e Zé do Lino (Anselmo Duarte) responde

  
Conforme afirmado no início desta apreciação, o tempo é o melhor amigo de Absolutamente certo. Hoje, é saudavelmente divertido apreciar essa comédia tão bem situada em seu contexto, que preservou todo o sabor angariado quando realizada. É não só curioso como estimulante lançar o olhar sobre uma época que, comparada aos dias de agora, reveste-se de inocência e alimenta a nostalgia por um país de feições supostamente mais amáveis, apesar de algumas características que ficaram assumidamente caretas com o avanço dos anos. Não era de bom tom, por exemplo, uma mulher desacompanhada no espaço público, ainda mais se esperasse alguém. Boa coisa não poderia ser. Gina que o diga. Mas também era o tempo da Romi Isetta, da confiança no trabalho e nas próprias possibilidades. Respiravam-se ares esperançosos na democracia. As canções pré Bossa Nova interpretadas pelo Trio Irakitan anunciavam um país mais cordato e integrado, acessível a todos. As próprias baladas iniciais do rock and roll, tão ingênuas, nisso faziam crer. Graça, otimismo e frescor emanam de cada fotograma de Absolutamente certo. A história e os personagens contribuem decisivamente na legitimação da ideia de que vivíamos uma década dourada nos anos 50, principalmente em sua segunda metade. Nesse cenário, Zé do Lino é o moço bom e desconfiado, ótimo emblema desse momento em que o desenvolvimentismo fazia crer nas possibilidades emancipadoras do trabalho, por mais duro, humilde e honesto que fosse. A TV em ascensão, muito distante dos tempos da vênus platinada, é vista por ele com alguma reserva crítica. É uma fábrica de facilidades ilusórias em sua maioria e nem sempre acessíveis a todos; criadouro de mitos efêmero, falsos heróis imediatamente consumidos por plateias tão ávidas quando volúveis.


O avanço do tempo também dissipou as potencialidades críticas de Absolutamente certo. Mas, no todo, o delicioso filme de Anselmo Duarte continua incólume em seu manto de realização honesta, simples, bem humorada, que poderia muito bem apontar novos rumos às capacidades do nosso cinema, principalmente no tocante à captação e formação de público.



Diante da TV transmitindo imagens de Zé do Lino (Anselmo Duarte) e do apresentador Aurélio Campos (ele mesmo), Gina (Maria Dilnah) conversa com a mãe Dona Bilá (Dercy Gonçalves)


As cenas ambientadas nos estúdios televisivos se valeram dos espaços da hoje  extinta TV Tupi de São Paulo.


Em 1957, por Absolutamente certo, Anselmo Duarte recebeu o prêmio Saci de Melhor Roteiro. Igual láurea, na categoria de Melhor Composição, foi dada ao músico e orquestrador Enrico Simonetti. Nesse mesmo ano Anselmo Duarte conquistou os prêmios Governador do Estado de São Paulo de Melhor Ator e Melhor Roteiro.



Ajuntamento de curiosos diante de uma tomada externa de Absolutamente certo
No carro, Raul (Aurélio Teixeira) conversa com Zé do Lino (Anselmo Duarte)


Argumento e roteiro: Anselmo Duarte, baseado em ideia original de J. Miguel, Jorge Ileli e Jorge Dória. Diálogos: Thalma de Oliveira. Montagem: José Canizares. Operador de câmera: Geraldo Gabriel. Foco: Marcelo Primavera. Maquiagem: Ângelo Dreos. Fotografia de cena: Eduardo Tanon. Direção de fotografia (preto e branco): Henry Edward "Chick" Fowle. Intérpretes dos números musicais: Trio Irakitã, Betinho e Seu Conjunto, Lyris Castelani, Booker Pittman, Aloysio Figueiredo, Orlando Pierre, Rubens Morales, Ruy Ditore, Almir Ribeiro. Canções: Zezé, de Humberto Teixeira e Caribe Rocha; Enrolando o rock, de Betinho e Heitor Carillo; Onde estou, de Hervé Cordovil e Vicente Leporace; Quando eu digo, de Billo Frómeta; Agora é cinza, de Alcebíades Barcellos (Bide) e Armando Vieira (Marçal); Não tenho lágrimas, de Maximiliano Bulhões e Milton Oliveira; Jura, de J. B. Silva (Sinhô). Música e orquestração: Enrico Simonetti. Costumes masculinos: Tonin. Guarda-roupa de Odete Lara: Casa Pariset. Costumes: Jacy Silveira. Cenografia: Pierino Massenzi. Carpintaria: José Dreos. Coreografia: Ismael Guisze. Consultor para bailados: Abelardo Figueiredo. Maquiagem: Jorge Pissani, assistido por Olga Dias Roque. Decoração: Giovanni Rapisarda. Eletricista: Horácio Camargo. Engenheiros de som: Bosdan Kostiv, Ernst Hack, Ernst Magassi. Microfone: Konstantin Siwatchenco. Gravação de som: Celso Garcia, Raul Nanni. Assistentes de direção: Glauco Mirko Laurelli, Sérgio Tofani. Assistente de produção: Samuel dos Santos. Contrarregra: Antônio Fracari. Penteados: Giovani Furioso. Continuidade: Norberto Nathan. Coordenador de produção: Fernando de Barros. Gerente de produção: Camilo Sampaio. Sistema sonoro: RCA. Estúdios de filmagem: Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Laboratório: Rex Filme S.A. Tempo de exibição: 95 minutos.


(José Eugenio Guimarães, 1998)



[1] Anselmo Duarte atuava em Arara vermelha (1957), de Tom Payne, quando fez Fazendo cinema. Hoje, é quase impossível encontrar referências sobre esse trabalho, provavelmente perdido. É mencionado rapidamente por Rubens Ewald Filho. Cf. EWALD FILHO, Rubens. Dicionário de cineastas. São Paulo: Nacional, 2002. p. 217 e 218.
[2] Nas comédias da Atlântida, em geral, praticamente aconteciam interrupções na narrativa para inserção dos últimos sucessos musicais, geralmente carnavalescos. Pode-se dizer que tinham aparências de corpos estranhos, não fosse o modelo ao qual a Atlântida habituou o público.